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Criminosos usavam nomes de ex-jogadores da seleção e de clubes para cobrar por falsas peneiras

Operação Cartão Vermelho investiga divulgação de falsas peneiras em SC, SP e MG O Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) de Santa Cat...

Criminosos usavam nomes de ex-jogadores da seleção e de clubes para cobrar por falsas peneiras
Criminosos usavam nomes de ex-jogadores da seleção e de clubes para cobrar por falsas peneiras (Foto: Reprodução)

Operação Cartão Vermelho investiga divulgação de falsas peneiras em SC, SP e MG O Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) de Santa Catarina cumpriu 11 mandados de busca nesta quinta-feira (18) contra suspeitos de divulgarem falsas peneiras de futebol na internet. O grupo usava nomes de ex-jogadores da seleção e de clubes para atrair interessados e cobrar taxa nos eventos, que nunca eram realizados. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Além de ex-atletas da seleção e clubes das séries A e B, a investigação apontou que federações estaduais eram usadas para dar mais credibilidade aos processos. ⚽ Peneira é o termo usado no futebol para processo seletivo organizado por clubes para encontrar e recrutar novos talentos, geralmente jovens, visando integrar as suas categorias de base. Os suspeitos são investigados por criar falsos sites para divulgar processos seletivos para jovens e adolescentes e que ocorreriam em estádios das grandes capitais do país, incluindo Florianópolis. Para participação dos eventos, era cobrada uma taxa de inscrição. Além de Santa Catarina, as ordens judiciais foram cumpridas em São Paulo e Minas Gerais. São investigados os crimes de estelionato (fraude eletrônica), associação criminosa e lavagem de dinheiro. 🟥 A operação foi batizada de "Cartão Vermelho" e os mandados foram autorizados pela 9ª Promotoria de Justiça de São José, na Grande Florianópolis. Os ministérios públicos de Minas Gerais e de São Paulo, e policiais de São Paulo auxiliaram na ação. Como as falsas peneiras eram divulgadas? Na divulgação das peneiras, além dos ex-jogadores que atuaram pela Seleção, o grupo mencionava que estariam atletas de clubes do estado, empresários e olheiros de times, além de representantes de equipes do cenário internacional. Para conferir credibilidade ao golpe, os investigados também exibiam sem autorização o nome e a logomarca da Federação Catarinense de Futebol (FCF), assim como entidades de outros oito estados: Acre, Alagoas, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Procurada nesta quinta, a FCF afirmou que já publicou duas notas em janeiro e maio de 2024, afirmando não ter relação com as peneiras, e que não possui a atribuição de avaliar, vincular ou contratar atletas. "Desde o primeiro momento que a Federação Catarinense de Futebol (FCF) teve conhecimento sobre a atuação sobre essa ação irregular usando o nome da entidade foi feita uma nota de esclarecimento para alertar a população do golpe. Na sequência foi realizada a denúncia junto ao Ministério Público de Santa Catarina, que deu encaminhamento para que os atos criminosos fossem identificados e resolvidos de forma como rege a lei. A FCF cumprimenta e enaltece a atuação do CYBERGAECO nesta vitoriosa operação", disse. Próximos passos da investigação A investigação começou a partir de denúncias de vítimas do golpe. As apurações indicam que os anúncios são falsos e causam prejuízo aos consumidores, "em virtude de eventual ocorrência dos crimes de estelionato (fraude eletrônica), associação criminosa e lavagem de dinheiro". As investigações tramitam sob sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas, informou o Ministério Público, órgão que abriga o CyberGaeco. LEIA TAMBÉM: MP investiga 18 casos de racismo religioso em Santa Catarina Lei que propõe leitura da Bíblia em escolas de município de SC é julgada inconstitucional Mulher sugere que pessoas de religião de matriz africana 'vão para o inferno' e é investigada Operação Cartão Vermelho MPSC/Divulgação VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias